Auburn Avenue Presbyterian Church, Monroe, Louisiana
pelo Bispo de Durham, Dr N. T. Wright
Palestra 1: Pontos Iniciais e Reflexões Introdutórias
3 de Janeiro de 2005
Obrigado por sua recepção calorosa e sua hospitalidade generosa. É um enorme prazer para Maggie e para mim estar aqui em Monroe pela primeira vez. Em especial, estou grato àqueles que trabalharam muito duro para aprontar esta conferência e fazer tudo isso acontecer.
Eu quero, nesta sessão introdutória, estabelecer alguns parâmetros para nossa discussão subseqüente e, em especial, pôr algumas cartas na mesa de modo firme e claro sobre meus pontos iniciais, meus pontos fixos ao ler Paulo e meus objetivos ao expor sua teologia. Eu estou ciente – e me parece algo irônico – de que minhas próprias visões sobre Paulo têm sido objeto de muito maior interesse e debate na América, e maior dentro de outras igrejas do que dentro da minha própria, do que têm sido na Inglaterra, ou dentro do anglicanismo mundial. Algumas vezes eu me pego pensando, “Por que eu deveria me preocupar se algum ramo do presbiterianismo americano deseja confrontar um outro sobre eu ser uma coisa boa ou ruim?”; como se dois fãs de beisebol desejassem argumentar sobre os méritos pertinentes de um jogador de cricket. Uma resposta, imagino eu, é que desde que eu penso que minha própria leitura de Paulo representa um entendimento adequado, historicamente fundamentado e teologicamente acurado, naturalmente espero que outros cristãos, de qualquer tradição, considerem aquilo que eu falo frutífero, e lamento que alguém tenha que se colocar em problemas em sua própria denominação, qualquer que seja, por adotar um ponto de vista que deveria, no mínimo, estar dentro dos limites de qualquer ortodoxia. Suponho, todavia, que pelo menos parte da razão pela qual isso tudo me preocupa é que dentro da minha própria igreja eu me engajei em uma luta vitalícia para trazer Paulo de volta ao topo da agenda e permitir que sua visão de Deus em Cristo, da cruz e da ressurreição e da justificação pela fé se tornem mais uma vez parte da corrente sangüínea de uma igreja que foi fundada sobre isso mas que tem se esforçado ao máximo para o esquecer. Minha igreja surgiu diretamente da Reforma do século XVI, e mesmo onde discordo de algumas das afirmações particulares de alguns Reformadores, eu acredito que tenho permanecido fiel a seus princípios fundamentais. E, de fato, quero começar agora a primeira seção desta palestra com uma citação do primeiro e talvez o maior dentre os reformadores ingleses, aquele de quem mais seguramente aprendi o princípio formal que permeia toda a minha leitura não apenas de Paulo mas de toda a escritura…
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